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Zanini de Zanine é um designer com particular foco nos materiais, que ele enfatiza com maestria. Da madeira maciça ao metal, dos têxteis ao vidro, seus objetos são fortes, esculturais, e têm presença marcante no espaço. Seus cortes são ora nítidos e precisos, ora mais sensuais e arredondados, mas sempre poéticos.

Em sua aparente simplicidade, Zanini é uma pessoa muito carismática. É um indivíduo culto e generoso, e sua personalidade pode ser perfeitamente notada em seus objetos de design, obras de arte e até mesmo em suas obras espaciais. Colaborar com ele tem sido lindo, uma experiência profunda e amigável, e tenho certeza de que no futuro teremos outras oportunidades de nos encontrarmos.

Muito bem, Zanini. Sua disciplina e sua paixão são um belo testemunho para quem ama design em todas as suas formas!
Giulio Cappellini _ 2023Diretor de Arte
"Quanto maior a troca, melhor; quanto maior o caldeirão, mais rico ele é; não é o objeto que conta, mas o projeto. O projeto nasce essencialmente de uma espécie de rivalidade saudável. A criatividade nasce do prazer, do entusiasmo e da alegria. Quanto mais louco você é, mais você se diverte.

É uma ótima escolha Zanini ter sido eleito o designer do ano – Maison et Objet Americas, 2015 –, obviamente por seu talento e seu trabalho, mas também porque ele representa a América do Sul. A América do Sul é uma bomba… uma bomba pacífica. Há uma explosão criativa atualmente nessa região, principalmente no Brasil. Uma enorme quantidade de criatividade. Trabalho muito no Brasil, onde tenho diversas parcerias. E te digo, existe uma verdadeira energia vital no país. Isso é de particular interesse porque é baseado na alegria. Há alegria no Brasil.

Os brasileiros ainda praticam uma arte em extinção, a do entusiasmo e da alegria efervescente, enquanto nós levamos as coisas muito a sério. Isso é de bom gosto? É isso ou aquilo? Eu me preocupo com os fenômenos culturais, mas eles não. O país deles é um caldeirão cultural. Como eu disse, dessa mistura tudo pode florescer, e virá do Brasil.
Philippe Starck _ 2015Arquiteto e designer
Quando entro na Espasso, a notável galeria de móveis brasileiros contemporâneos e de meados do século passado em Nova York, sou saudado por obras icônicas criadas pelas lendas do design do país. Entre essas obras de arte excepcionais, as criações de um designer se destacam consistentemente para mim como nenhuma outra: Zanini de Zanine.

Suas peças incorporam a força bruta e a beleza enigmática da natureza, expressas através de formas que desafiam em todos os sentidos a abordagem convencional do design de móveis. À primeira vista, sua simplicidade ousada chama a atenção por si, mas, após uma inspeção mais detalhada, os materiais e os detalhes revelam uma história mais profunda. Suas peças atendem a uma necessidade e despertam emoções ao mesmo tempo.

Tendo tido a sorte de passar um tempo no Brasil ao longo dos anos, o trabalho de Zanini nunca deixa de me transportar de volta a esses momentos. O Brasil é um lugar onde arte, esporte, música e natureza convergem sem esforço. Dessa forma, sinto que cada peça confeccionada por Zanini de Zanine é um testemunho da fusão da criatividade com a própria vida.
Greg Hoffman _ 2023CMO aposentado da Nike
Em uma viagem de Ano-Novo ao Rio de Janeiro no início dos anos 2010, tive minha primeira exposição completa ao design brasileiro. Um tomo pesado acabara de ser publicado: Móvel brasileiro moderno [FGV Projetos e Aeroplano Editora, 2011]. Entre sua pesada capa de linho, suas páginas limpas revelaram um ethos de design único. Muitas páginas apresentavam peças usando madeira de uma forma que é impossível imaginar sendo feitas na Itália ou na Escandinávia. Estamos falando de vastos espécimes de madeira rara ou recuperada em forma de móveis firmes que, no Ocidente, provavelmente seriam feitos de concreto.

Em qualquer página que o livro abrisse, eu encontrava outra peça mostrando como a simplicidade pode se cruzar com um profundo senso de identidade. Esses pedaços de madeira são diferentes de tudo o que pode ser encontrado ao norte do Equador. Eles estão na tradição de dois dos meus heróis do design – Sergio Rodrigues e Zanine Caldas. Como se viu, foi o filho de Caldas, Zanini, que me apresentou o livro. E foi graças a ele que pude dar uma cara ao fenômeno.

Como se fizesse parte da trajetória de Caldas como designer, Zanini é filho do pai. Zanini pegou a linguagem do pai e continuou a evoluí-la. Nós nos conhecemos no ateliê dele no Rio. Fiquei impressionado. E que prazer é ver quantas belas peças surgiram de seu ateliê ao longo dos vinte anos cobertos por este livro.

Entre as que estão nestas páginas, a minha escolha de entrada tende a ser a Serfa, um estudo antropomórfico sobre a proporção humana e a tensão acrobática. Seus membros articulados geram um contorno que convida a fazermos essa mesma pose, se não na realidade, pelo menos na mente.

Mais adiante, os móveis de madeira maciça revelam sua verdadeira presença escultórica. Muitas dessas peças imponentes são únicas; elas restringem naturalmente a produção por sua raridade de materiais. Quando a peça ocasional atende aos critérios de produção de uma grande marca, ela, ainda assim, mantém algo de sua magia equatorial.

Se você quiser entender a obra desse homem, veja onde os três círculos delineados neste livro – do espaço, da arte e do design – se cruzam. Os espaços informam seus objetos e vice-versa. O design informa sua arte e vice-versa. E a arte informa seu espaço e vice-versa. O design de Zanini é a sua arte. Vem do instinto, da selva, do oceano e do patrimônio brasileiro.
Nigel Coates _ 2023Designer, professor emérito da Royal College of Art — London e diretor da Academic Court, na London School of Architecture _ Designer
"Zanini é uma figura seríssima, eu o considero um dos maiores designers brasileiros da nova geração. Cada vez que vejo alguma coisa dele fico impressionado. Esses móveis pesados [do ateliê] que ele faz… ele me mostrou em desenho, achei simpaticíssimos, mas quando eu os vi agora pessoalmente, é inacreditável, realmente uma coisa excepcional que lá fora vai fazer muito sucesso. SALVE BRASIL!

Ele tem o caminho dele, que ele está abrindo, e fico impressionado. Eu fui fiel à madeira, mas tenho inveja do que ele faz por sua percepção aguçada do que pode sair de um elemento novo, de uma matéria-prima nova. Percebe, tira partido disso e faz coisas maravilhosas! Essa poltrona feita com uma lâmina da Casa da Moeda, por exemplo, é uma obra-prima. Eu fico entusiasmado com ele!"
Sergio Rodrigues_2012Arquiteto e designer
É incrível ver Zanini de Zanine Caldas comemorando vinte anos de carreira. Ao acompanhá-lo se firmar e expandir sua produção nas últimas duas décadas, sempre admirei sua capacidade de manter um estilo único, que agora é reconhecido ao redor do mundo. Do design industrial à arte, pode-se perceber imediatamente formas, formatos e padrões de Zanini. Suas obras capturam uma conexão entre natureza e técnica, combinando linhas fluidas e geométricas por meio de técnicas habilidosas de artesanato e de sua visão conceitual.

Quando penso no futuro do design brasileiro, logo me vêm à mente suas obras sensuais e monumentais de madeira. Por meio dessa prática, ele abraça e amplia certas tradições do design moderno brasileiro, alicerçado na conexão com o ambiente natural, na resposta à preservação das paisagens do país e no compromisso com materiais sustentáveis. Ao fazer isso, é capaz de referenciar o passado e, ao mesmo tempo, impulsionar o design na atualidade.

Zanini trata de forma fluida a matéria; olha para ela com profundidade e com o coração, o que considero que são a base para um excelente design. À medida que entra neste novo capítulo de sua carreira, vejo-o pronto para expandir seu alcance e tornar-se verdadeiramente uma voz global.
Zesty Meyers _ 2023Fundador da galeria R & Company — NY
"Criador que não se impressiona com tendências nem se deixa influenciar por vanguardas passageiras. Zanini de Zanine desenha de dentro para fora ou, citando suas palavras, “faço o que está dentro de mim, que tem a ver comigo”. Simples assim? Não é o que revelam suas obras.

Pluralidade, leveza, liberdade, coragem de experimentar e muito talento são expressões que afloram ao olharmos os projetos desse jovem designer… com dez anos de carreira! E não poderia ser diferente. É filho de José Zanine Caldas, um desenhista e criador de maquetes que aprendeu arquitetura na prancheta de grandes mestres do concreto e se tornou pioneiro em projetos e construção de residências de madeira. Tendências, moda, desejo de clientes nunca foram alvos a serem alcançados. Liberdade sempre foi a palavra de ordem, de pai para filho: essa é talvez a maior identidade entre os dois.

Zanini cresceu como um ciganinho de país em país, ou de uma cidade para outra, sempre ao lado do pai. Não criou raízes, e, quando lhe perguntei sobre seus brinquedos preferidos, não se lembrou de nenhum: “Eu passava o dia no ateliê do meu pai, era ali que brincava”. Nascido no Rio de Janeiro, onde mora, é um carioca com alma de surfista.

O design contemporâneo, este do século XXI, mudou seu eixo e, em vez de partir de uma preocupação formal, tem por base a matéria e suas possibilidades. A forma torna-se uma consequência. Assim, Zanini confessa que não faz desenhos técnicos ou croquis. “Meu processo inicial é sempre muito livre, e muitas vezes começo com rabiscos, tanto para os projetos industriais quanto para os artesanais…

Poderíamos chamar de emotional design, expressão hoje na moda? Me parece que não, pois transparece nos projetos uma racionalidade bem temperada, que define e conduz o traço. “Quando utilizamos aço córten ou madeira de demolição, o processo se torna ainda mais linear, partimos direto para o produto, sem estudos. As peças são os próprios estudos.” Vale dizer que a madeira utilizada nos trabalhos de Zanini traz um selo de garantia: algumas são oriundas das manutenções das casas construídas por seu pai, detalhes em desuso, como nos casos de uma escada de ipê maciço e de um conjunto de vigas de peroba.

Plástico injetado ou rotomoldado, tela perfurada, metacrilato, aço inoxidável, estofado, fibra natural, madeira de demolição, chapa metálica são materiais que esse jovem designer – ainda chamado por amigos e mestres de Zanininho – já utilizou em seus trabalhos. Com o metacrilato ele criou em 2009 o cavalinho Giocco, produzido pela Componenti. A partir do descarte das chapas perfuradas da Casa da Moeda nasceu a poltrona Moeda, em 2010. Dois produtos lúdicos, leves, bem-humorados. Nos dois, o desenho é apenas um traço simples que ressalta e valoriza o conceito.

Em 2011, surge a poltrona Trez, esta em chapa de aço, e o Módulo 7, estante de plástico injetado que é um exemplo de engenho, graça, versatilidade, leveza, minimalismo construtivo e economia de materiais. Todas as virtudes que um móvel contemporâneo deve incorporar. Realmente um belo projeto, sempre premiado onde quer que se apresente.

Outubro de 2011, surpresa! O arquiteto Giulio Cappellini convida Zanini para uma colaboração com sua empresa, a Cappellini Itália. Nasce assim o projeto Inflated Wood, que traduz o que chamaríamos – e o nome sugere – de leveza visual. Para Zanini, a inclusão no mercado internacional traz a certeza de estar traçando um caminho justo e, para nós, a confirmação de que o design brasileiro já é bem cotado e aceito em coleções internacionais de prestígio."
Maria Helena Estrada _ 2012Jornalista
Zanini é formidável como o pai. Mais ainda, porque resolve meu labirinto [parceria na instalação Labirinto, 2015]; galgando sua escada [escada/banco concebida por Zanini para o ateliê Vergara], subo de nível. Com elegância e simplicidade passeia por geografias e materiais. Um grande ARTISTA que embora jovem já deixou definitivamente sua marca.
Carlos Vergara _ 2023Artista plástico
Zanini extrai de diversos materiais uma expressão muito própria. Da madeira bruta ou aparada, do metal em chapa ou tubular, da cerâmica e da pedra seu desenho entende a matéria e respeita sua essência. O traço anguloso predomina e a disciplina de projeto, que vem de sua formação como designer, está presente mesmo em suas peças mais artesanais. Ele percorre a fronteira entre arte e design de forma natural, sem artifícios, seguindo a vocação de cada projeto.
Claudia Moreira Salles _ 2023Designer
Zanine moldou Zanini. Olhou nos olhos do filho. Mergulhou profundamente. Ficou lá durante horas. E viu brotar nele as asas que desprezam os abismos. Neste momento, com as asas plenas, o alado vai até a borda da rampa da Pedra Bonita e se precipita sobre o penhasco. No seu voo inaugural, lá do alto, com a mirada do poeta, vislumbra obras que seu pai plantou naquelas encostas. Zanini de Zanine são as águas de março fechando o verão, elevando a experiência do pai acima de qualquer outra. Os caminhos cindidos da vida, de um lado o eurocentrismo científico, do outro o percurso da magia a desvendar os segredos nada ocultos da natureza. Zanini de Zanine construiu, não apenas de madeira, mas de ferro, palha, plástico, alumínio, chapas descartadas, metacrilato cortado, a ponte que leva de um lado ao outro das margens, antes inconciliáveis. Sua obra parla… é a doce conversa do botequim… é o ouvido colado no chão do Jardim Botânico… é o gorjeio dos pássaros… é o estrondo do mar, nas encostas da Niemeyer, molhando as franjas do Dois Irmãos….
Vera Holtz _ 2023Atriz
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